O
cubista Gabriel Castanhede (São Luís/MA) criou um grupo nas redes sociais com o
objetivo de reunir aproximadamente 70 pessoas que organizam campeonatos de cubo
mágico no Brasil. A iniciativa visa estabelecer um contato direto com a
Associação Brasileira de Cubo Mágico (ABCM) aproveitando que alguns dos seus
membros também são organizadores. “Nosso propósito é trocar informações e
experiências. Pretendemos buscar formas de melhorar os campeonatos, torná-los
mais divertidos e menos burocráticos. Pensaremos em estratégias para que o cubo
cresça ainda mais em nosso país”, justificou Castanhede.
Quem
são os organizadores de campeonatos de cubo mágico no Brasil? Como são
escolhidos os locais de competição? De que forma são divulgadas as competições?
Quais iniciativas existem em prol do cubo mágico no país? Como contribuir para
que pessoas surdas e cegas possam aprender os algoritmos de resolução? Onde
buscar recursos? Este último questionamento trouxe para discussão a questão do
projeto de lei (PL N º 6.210/16), que reconhece os esportes da mente como
modalidades esportivas, apresentado pela deputada Dorinha Seabra Rezende
(Democratas/TO).
Rafael
Correia (Feira de Santana/BH) lembrou que houve audiência pública na Câmara dos
Deputados para discutir o tema, no dia 4 de outubro de 2016. O Gabinete da deputada
informou que este projeto de lei já passou pela Comissão de Esporte e está na
Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania para o exame de constitucionalidade,
juridicidade e de técnica legislativa. “Passando por lá, ele vai para o Senado
Federal, como Casa revisora, e em seguida, seguirá para a sanção do presidente
da República, onde virará lei. Quem fará o reconhecimento será o Poder
Executivo através do Ministério do Esporte”, explicou o assessor legislativo,
Alex Ribeiro Oliveira dos Santos.
“Os
esportes da mente, entre eles xadrez, gamão, cubo mágico, jogos eletrônicos,
truco, pôquer e bilhar, transformaram-se em importante ferramenta social e
pedagógica, contribuindo para o desenvolvimento do indivíduo e a melhoria da
sociedade. Esperamos apoio, pois eles são benéficos por propiciarem estímulo da
memória, o aprimoramento da capacidade de concentração e da velocidade de
raciocínio, dentre outros aspectos”, explicou a deputada ao portal do
Ministério do Esporte.
Segundo
Alex Ribeiro Oliveira dos Santos, a Comissão do Esporte da Câmara dos Deputados é o local onde os
esportes físicos, esportes da mente e o e-esporte são discutidos que há uma
predominância dos esportes físicos. Por isso, sugeriu que iniciativas como o
Projeto Cubo Mágico da Secretaria Municipal de Educação de Criciúma sejam
endereçados ao Deputado Ezequiel Teixeira (Podemos/RJ), presidente do
colegiado.
Todo
ano, os 513 deputados e os 81 senadores debatem e fazem emendas orçamentárias
para o Orçamento-Geral da União (OGU). No campo dos esportes, entidades, prefeituras,
estados e o Distrito Federal podem solicitar recursos para fazer eventos,
cursos, obras de construção, ampliação e reformas de unidades esportivas pelo
Brasil inteiro. Também há pedidos voltados para os esportes da mente e os
e-esportes.
Pedro
Roque (Belo Horizonte/MG), campeão sul-americano, espera que o cubo mágico seja
reconhecido com a lei que pretende incluí-lo como esporte.
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